domingo, 11 de outubro de 2009

A Evolução dos peixes:

Os primeiros peixes surgiram há cerca de 500 milhões de anos e eram semelhantes às lampreias atuais. Há cerca de 400 milhões de anos surgiram os peixes com esqueleto cartilagíneo. Parentes dos tubarões atuais, raias e esturjões. Os dois primeiros grupos são marinhos, enquanto que os esturjões são migradores anádromos.
Há mais ou menos 250 milhões de anos, surgiram os primeiros peixes com esqueleto ósseo.
A maior parte das cerca de 22000 espécies de peixes pertencem ao grupo dos peixes ósseos.


Caracterização Morfológica dos Peixes


Atualmente nos sistemas aquáticos do nordeste transmontano só se encontram referenciados peixes ósseos. Por isso, no presente documento, a caracterização morfológica só se refere a este grupo de peixes. A figura representa um peixe ósseo tipo.
De um modo geral um peixe ósseo apresenta duas séries de barbatanas pares: as peitorais (1) e as pélvicas (2). Apresenta igualmente várias barbatanas impares: a dorsal (3), a anal (4) e a caudal (5). As pares têm essencialmente um papel de estabilização. A função das barbatanas dorsal e anal é comparável à da quilha de um barco. Finalmente, a caudal tem um papel de propulsão. Estas podem ter raios espinhosos (6) e/ou moles (7). Os salmonídeos (trutas e salmões) apresentam ainda entre a barbatana dorsal e a caudal uma pequena estrutura carnuda chamada barbatana adiposa (8). A linha lateral (9) tem uma textura ligeiramente diferente da do resto do corpo. Consiste num certo número de poros ligados por um canal situado logo abaixo da superfície da pele. Esta estrutura tem funções sensoriais e permite a detecção de presas, predadores e avaliar distâncias. Os barbilhos, presentes em algumas espécies (10) são órgãos tácteis com papel importante na procura do alimento. O óperculo (11) é uma estrutura óssea que cobre as brânquias.


Os peixes são animais vertebrados, aquáticos, tipicamente ectotérmicos, que possuem o corpo fusiforme, os membros transformados em barbatanas ou nadadeiras sustentadas por raios ósseos ou cartilaginosos, as guelras ou brânquias com que respiram o oxigénio dissolvido na água e, na sua maior parte, o corpo coberto de escamas.

Classificação:

O termo peixe tem sido utilizado para descrever um vertebrado aquático com brânquias, membros na forma de nadadeiras, e com escamas de origem dérmica. Sendo este conceito do termo “peixe” utilizado por conveniência, e não por unidade taxonômica, porque os peixes não compõem um grupo monofilético, já que eles não possuem um ancestral comum exclusivo. Para que se tornasse um grupo monofilético, os peixes deveriam agrupar os Tetrápodes.
Os peixes são divididos nos seguintes grupos:
• Peixes ósseos à qual pertencem as sardinhas, as garoupas, o bacalhau, o atum e todos os peixes com esqueleto ósseo;
• Peixes cartilaginosos à qual pertencem os tubarões e as raias;
• Vários grupos de peixes sem maxilas, incluindo as lampreias e as mixinas.

Ecologia dos peixes

Classificação ecológica.


Uma forma de classificar os peixes é segundo o seu comportamento relativo à região das águas onde vivem; este comportamento determina o papel de cada grupo no ambiente aquático:
• Pelágicos- os peixes que vivem em cardumes, nadando na coluna da água; fazem parte deste grupo as sardinhas, as anchovas, os atuns e muitos tubarões.
• Demersais- os que vivem a maior parte do tempo em associação com o substrato, como as garoupas. Muitas espécies demersais têm hábitos territoriais e defendem o seu território ativamente.
• Batipelágicos- os peixes que nadam livremente em águas de grandes profundidades.
• Mesopelágicos- espécies que fazem grandes migrações verticais diárias, aproximando-se da superfície à noite e vivendo em águas profundas durante o dia.

Hábitos alimentares

Os peixes pelágicos de pequenas dimensões como as sardinhas são geralmente planctonófagos, que se alimentam quase passivamente do plâncton disperso na água.
Algumas espécies de maiores dimensões têm também este hábito alimentar, incluindo algumas baleias e alguns tubarões como os zorros. Mas a maioria dos grandes peixes pelágicos são predadores ativos.
Os peixes demersais podem ser predadores, mas também podem ser herbívoros, que se alimentam de plantas aquáticas, detritívoros, ou serem comensais de outros organismos, como a rêmora que se fixa no atum ou tubarão através dum disco adesivo no topo da cabeça e se alimenta dos restos de comida que caem da boca do seu hospedeiro, ou mesmo parasitas de outros organismos.
Alguns peixes abissais e também alguns neríticos, como os diabos apresentam excrescências, geralmente na cabeça , que servem para atrair as suas presas; essas espécies costumam ter uma boca de grandes dimensões, que lhes permitem comer animais maiores que eles próprios. Numa destas espécies, o macho é parasita da fêmea, ficando-se pela boca a um tentáculo da sua cabeça.
Hábitos de reprodução
A maioria dos peixes é dióica, ovípara, fertiliza os óvulos externamente e não desenvolve cuidados parentais. Nas espécies que vivem em cardumes, as fêmeas desovam nas próprias águas onde os cardumes vivem e os machos liberam o esperma na água, promovendo a fertilização. Em alguns peixes pelágicos, os ovos flutuam livremente na água, nestes casos, os óvulos podem não ser tão numerosos, uma vez que são vulneráveis aos predadores.

Existem exceções a todas estas características e neste artigo referem-se os casos de espécies que se reproduzem na água doce, mas crescem na água salgada e vice- versa.
Em termos de separação dos sexos, existem também casos de hermafroditismo e casos de mudança de sexo – peixes que são fêmeas durante as primeiras fases de maturação sexual e depois se transformam em machos (protoginia) e o inverso (protandria).
Os cuidados parentais apresentam casos bastante curiosos. Nos cavalos-marinhos o macho recolhe os ovos fecundados e incuba-os numa bolsa marsupial. Muitos ciclídeos e algumas famosas espécies de aquário endemicas do Lago Niassa guardam os filhotes na boca para protegerem dos predadores.
Refere-se acima que a maioria dos peixes é ovípara, mas existem também espécies vivíparas e ovovivíparas em que o embrião se desenvolver dentro do útero materno. Nestes casos, pode haver fertilização interna.


Hábitos de repouso

Os peixes não dormem. Eles apenas alternam estados de vigília e repouso. O período de repouso consiste num aparente estado de imobilidade, em que os peixes mantêm o equilíbrio por meio de movimentos bem lentos.
Como não tem pálpebras, seus olhos ficam sempre abertos. Algumas espécies se deitam no fundo do mar ou no rio, enquanto os menores se escondem em buracos para não serem comidos enquanto descansam.

Migrações

Muitas espécies de peixes realizam migrações regularmente, desde migrações diárias, até anuais, percorrendo distâncias que podem vairar de apenas alguns metros até várias centenas de quilometros e mesmo pruri-anuais, como as migrações das enguias.

Os peixes migratórios classificam-se da seguinte forma:

• diádromos – peixes que migram entre os rios e o mar;
• anádromos – peixes que vivem geralmente no mar, mas se reproduzem em água doce;
• catádromos – peixes que vivem nos rios, mas se reproduzem no mar;
• anfídromos – peixes que mudam o seu habitat de água doce para salgada durante a vida, mas não para se reproduzirem;
• potamódromos – peixes que realizam as suas migrações sempre em água doce, dentro dum rio ou dum rio para um lago;
• oceanódromos – peixes que realizam as suas migrações sempre em águas marinhas.
Camuflagem e outras formas de proteção
Alguns peixes se camuflam para fugirem de certos predadores, outros para melhor apanharem as suas presas. Algumas espécies de arraia, por outro lado, se escondem na areia e podem mudar o tom da pele, para suas presas não notarem sua presença no ambiente.

Anatomia dos peixes

Anatomia interna

• Esqueleto
• Coração
• Aparelho digestivo

Bexiga natatória

A bexiga natatória é um órgão que auxilia o peixe a manter-se a determinada profundidade através do controle da sua densidade relativa à agua. É um saco de paredes frexíveis, derivado do intestino que pode expandir-se ou contrair de acordo com a pressão; tem muito poucos vasos sanguíneos, mas as paredes estão forradas com cristais de guanina, que as fazem impermeáveis aos gases.
A bexiga natatória possui uma glândula que permite a introdução de gases, principalmente oxigénio, na bexiga, para aumentar o seu volume. Noutra região da bexiga, esta encontra-se em contacto com o sangue através doutra estrutura conhecida por "janela oval", através da qual o oxigénio pode voltar para a corrente sanguínea, baixando assim a pressão dentro da bexiga natatória e diminuindo o seu tamanho.
Nem todos os peixes possuem este órgão: os tubarões controlam a sua posição na água apenas com a locomoção e com o controle de densidade de seus corpos, através da quantidade de óleo em seu fígado; outros peixes têm reservas de tecido adiposo para essa finalidade.
A presença de bexiga natatória traz uma desvantagem para o seu portador: ela proíbe a subida rápida do animal dentro da coluna de água, sob o risco daquele órgão rebentar.
A denominação bexiga natatória foi substituída por vesícula gasosa.
Anatomia externa
Para além de mostrar diferentes adaptações evolutivas dos peixes ao meio aquático, as características externas destes animais (e algumas internas, tais como o número de vértebras) são muito importantes para a sua classificação sistemática

Forma do corpo

A forma do corpo dos peixes "típicos" é uma das suas melhores adaptações à locomoção dentro de água. A maioria dos peixes pelágicos , principalmente os que formam cardumes activos, como os atuns, apresentam esta forma "típica".
No entanto, há bastantes variações a esta forma típica, principalmente entre os demersais e nos peixes abissais . Nestes últimos, o corpo pode ser globoso e apresentar excrescências que servem para atrair as suas presas.
A variação mais dramática do corpo dos peixes encontra-se nos Pleuronectiformes, ordem a que pertencem os linguados e as solhas. Nestes animais, adaptados a viverem escondidos em fundos de areia, o corpo sofre metamorfoses durante o seu desenvolvimento larvar, de forma que os dois olhos ficam do mesmo lado do corpo.
Muitos outros peixes demersais têm o corpo achatado dorsi-ventralmente para melhor se confundirem com o fundo. Alguns, como os góbios, que são peixes muito pequenos que vivem em estuários, têm inclusivamente as nadadeirass ventrais transformadas num disco adesivo, para evitarem ser arrastados pelas correntes de maré
Os Anguilliformes têm o corpo "anguiliforme", ou seja em forma de serpente, assim como algumas outras ordens de peixes.

Nadadeiras

As barbatanas ou nadadeiras são os órgãos de locomoção dos peixes. São extensões da derme suportadas por lepidotríquias, que são escamas modificadas e funcionam como os raios das rodas de bicicleta. Por essa razão, chamam-se raios os que são flexíveis, muitas vezes segmentados e ramificados, ou espinhos, quando são rígidos e podem ser ocos e possuir um canal para a emissão de veneno.
Os números de espinhos e raios nas nadadeiras dos peixes são importantes caracteres para a sua classificação, havendo mesmo chaves dicotómicas para a sua identificação em que este é um dos principais factores.
Tipicamente, os peixes apresentam os seguintes tipos de nadadeiras:
• uma nadadeira dorsal
• uma nadadeira anal
• uma nadadeira caudal
• um par de nadadeiras ventrais e
• um par de nadadeiras peitorais.
Apenas as nadadeiras pares têm relação evolutiva com os membros dos restantes vertebrados.
Algumas ou todas estas nadadeiras podem faltar ou estar unidas - já foi referida a transformação das nadadeiras peitorais dos góbios num disco adesivo – mas as uniões mais comuns são entre as nadadeiras ímpares, como a dorsal com a caudal e anal com caudal.
As nadadeiras têm formas e cores típicas em alguns grupos de peixes, como as nadadeiras dorsais dos tubarões: para além de avisarem os banhistas para saírem da água, em praias onde eles podem aparecer e ser perigosos, são um importante produto na culinária da China.
Para além da coloração do corpo, a forma e cor das nadadeiras são decisivas para os aquaristas, de tal forma que chegam a ser produzidas variedades de espécies com nadadeiras espectaculares, como o famoso cauda-de-véu, uma variedade do peixinho-dourado.
Alguns grupos de peixes, para além da nadadeira dorsal com espinhos e raios, possuem uma nadadeira adiposa, normalmente perto da caudal. É o caso dos salmões e dos peixes da família do bacalhau .

Escamas ou placas

A pele dos peixes é fundamentalmente semelhante à dos outros vertebrados, mas possui algumas características específicas dos animais aquáticos. O corpo dos peixes está normalmente coberto de muco que, por um lado diminui a resistência da água ao movimento e, por outro, os protege dos inimigos. Embora haja muitos grupos de peixes com pele nua, como as enguias, a maior parte dos peixes tem-na coberta de escamas que, ao contrário dos répteis, têm origem na própria derme.
Os peixes apresentam quatro tipos básicos de escamas:
• ciclóides, as mais comuns, normalmente finas, sub-circulares e com a margem lisa ou finamente serrilhada;
• ctenóides, também sub-circulares, mas normalmente rugosas e com a margem serrilhada ou mesmo espinhosa;
• ganóides , de forma sub-romboidal e que podem ser bastante grossas como as dos esturjões; e salmões.
• placóides, normalmente duras com um ou mais espinhos, de formas variadas.
Alguns grupos de peixes têm o corpo coberto de placas ou mesmo uma armadura rígida, como o peixe-cofre e os cavalos-marinhos. Esta armadura pode estar ornamentada com cristas e espinhos e apresenta fendas por onde saem as nadadeiras.

Linha lateral

Um órgão sensorial específico dos peixes é a linha lateral, normalmente formada por uma fiada longitudinal de escamas perfuradas através das quais corre um canal que tem ligação com o sistema nervoso; aparentemente, este órgão tem funções relacionadas com a orientação, uma espécie de sentido do olfacto através do qual os peixes reconhecem as características das massas de água.
Sistema nervoso e órgãos dos sentidos
Peixes têm sistemas nervosos complexos e seu cérebro é dividido em diferentes partes. O mais anterior, ou frontal, contém as glândulas olfativas. Diferente da maioria dos vertebrados, o cérebro do peixe primeiro processa o senso do olfato antes de todas as ações voluntárias.
Os lobos óticos processam informações dos olhos. O cerebelo coordena os movimentos do corpo enquanto a medula controla as funções dos órgãos internos.
Aproximadamente todos os peixes diurnos possuem olhos bem desenvolvidos com visão colorida. Muitos peixes possuem também células especializadas conhecidas como quimioreceptores, que são responsáveis pelos sentidos de gosto e cheiro.
A maioria dos peixes têm receptores sensitivos que formam o sistema linear lateral, que permite aos peixes detectar correntes e vibrações, bem como o movimento de outros peixes e presas por perto.
Em 2003, alguns cientistas escoceses da Universidade de Edimburgo descobriram que os peixes podem sentir dor. Um estudo prévio pelo Professor James D. Rose da Universidade de Wyoming dizia que os peixes não podiam sentir dor porque eles não possuíam a parte neocortexal do cérebro, responsável por tal sensação. Peixes como os peixes-gato e tubarões possuem órgãos que detectam pequenas correntes elétricas. Outros peixes, como a enguia elétrica, podem produzir sua própria eletricidade.

Curiosidades:

Os peixes trocam de dentes durante toda a vida.
O peixe que nada mais rápido - Agulhão-vela - Alcança uma velocidade de 115 km por hora.



Agulhão-vela

O maior de todos os peixes é o tubarão-baleia, que pode alcançar um comprimento de 15 metros; e o menor peixe que se conhece é o Pandanka pygmanga, que vive nas Filipinas e quando adulto mede apenas 1 cm.



Tubarão – baleia

A palavra peixe usa-se por vezes para designar vários animais aquáticos, Mas a maior parte dos organismos aquáticos designados “peixe”, como as medusas e crustáceos e mamíferos, não são peixes.
O peixe é um dos símbolos do cristianismo. A palavra peixe , em grego, é IXTIS, cujas letras são iniciais da frase "Γιος του Ιησού Χριστού του Θεού του Σαλβαδόρ" que significa “Jesus Cristo Filho de Deus Salvador”.
Os peixes encontram-se em praticamente todos os ecossistemas aquáticos, tanto em água doce como água salgada, desde a água da praia até às grandes profundezas dos oceanos. Mas há alguns lagos hipersalinos, como o Grande Lago Salgado, nos EUA onde não vivem peixes.
Os peixes têm uma grande importância para a humanidade e desde tempos imemoriais foram pescados para a sua alimentação. Muitas espécies de peixes são criadas em condições artificiais, não só para alimentação humana, mas também para outros fins, como os aquários.

Há algumas espécies perigosas para o Homem, como os peixe-escorpião que têm espinhos venenosos e algumas espécies de peixes encontram-se ameaçadas de extinção.
Alguns peixes ingerem água para recuperar a água perdida pelas brânquias, por osmose, e pela urina. Eles retiram oxigênio da água para respirar. Uma enguia toma o equivalente a uma colher de sopa de água por dia.
Os peixes urinam, mas nem todos urinam da mesma maneira. Os peixes de água doce precisam eliminar excesso de água que se acumula em seus corpos. Seus rins produzem muita urina para evitar que os tecidos fiquem saturados. Comparados aos peixes de água doce, os peixes de água salgada, que já perdem água por osmose, produzem muito menos urina.

PEIXE-ESPADA

Mulher Macho:
É incrível, mas é verdade. A fêmea do Peixe-Espada pode virar macho depois de velha. Isto acontece geralmente através de um atrofiamento de sua barbatana posterior, que passa a não mais abrir em forma de leque e torna-se comprida como a do macho, formando a tal "espada" que lhe deu o nome (as fêmeas não possuem a espada). Esta mudança de sexo ocorre em algumas fêmeas depois que dão a última cria. De fato, elas se tornam machos, mas não se sabe se são capazes de reproduzir. Os estudiosos ainda não conseguiram identificar as causas dessa metamorfose que permanece, portanto, como um grande mistério.


REDATOR:Diego, Pedro Henrique
COORDENADOR:Maristela, Mirele
POSTADOR:Mikaela
COMPONENTES DO GRUPO 2º ANO E

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